CONSPIRAÇÕES

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Empresas, aprendam com o Black Friday !!!

Posted by Fabricio Pessoa em 25 novembro, 2012

Ocorreu enfim a Black Friday brasileira, edição 2012, com muitas expectativas dos consumidores brasileiros para a obtenção de descontos e oportunidades de compras. Só que não foi bem isso o que ocorreu.

Impossibilidade de acesso a sites, maquiagens de preços, promoções erradas e oportunismo foram apenas alguns dos problemas que tiveram que ser suportadas por aqueles que acreditaram que a Black Friday do Brasil seria algo confiável.

Mas porquê isto aconteceu?

Em primeiro lugar, o Black Friday foi criado nos EUA para que as empresas pudessem “queimar” seus estoques, jogando produtos antigos a preços realmente convidativos, fazendo com que o comércio incrementasse suas vendas e pudesse receber os novos produtos. No Brasil isso evidentemente não ocorreu, sendo tratado apenas como mais um dia de liquidações, o que contribuiu para as promoções falsas e para os descontos tão tímidos.

Além disso, várias promoções foram feitas por restaurantes e até empresas de assistência médica no Black Friday. Ora, o que estas promoções têm a ver com queimas de estoque???

Analisando as ocorrências que pudemos constatar no Black Friday, a verdade é que duas grandes lições podem ser aprendidas: A primeira é que há um enorme potencial do Black Friday no Brasil, para quem respeitar o consumidor e realmente entender e aplicar o conceito deste dia. A segunda é que, infelizmente, diversos empresários do setor de varejo de eletroeletrônicos se mostraram gananciosos, sem aparentar uma mínima preocupação com o consumidor, precisando por isso reaprender a forma com que tratam seus potenciais e efetivos clientes.

Enfim, torcemos para que a próxima edição do Black Friday seja melhor do que a deste ano, e que o consumidor brasileiro seja respeitado de uma forma mais próxima do ideal.

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Mudando valores no mundo corporativo

Posted by Fabricio Pessoa em 15 novembro, 2011

Você ouviu ou leu algo sobre os participantes dos movimentos “Ocupem Wall Street” ou “The 99 Percent” (site oficial clicando aqui)? Provavelmente não, ou muito pouco, certo?

Isso não é de se espantar, afinal de contas estes protestos têm como objetivo sensibilizar os principais responsáveis pela economia mundial – ou seja, os executivos que fazem parte da cadeia de controle dos canais de mídia, bancos e corporações do mundo – repensem a forma com que interferem na distribuição de renda mundial.

Este movimento é feito por pessoas que desejam, no fundo e com exceção dos extremistas de plantão, não apenas atuar como um bando de “Robin Hoods” do mundo capitalista, mas sim fazer com que todos possam refletir sobre os valores que hoje estão movendo o mundo, e sobre o quanto eles precisam mudar.

Estes valores se resumem principalmente numa mudança de ótica, no que tange à finalidade do processo produtivo industrial. É preciso que o principal objetivo das empresas saia do “ter” e passe a buscar um verdadeiro “ser”. E este “ser” não deve ser entendido como uma mera continuidade de atividades, e sim uma procura constante de melhoria nas relações humanas, indo além do discurso marqueteiro e das ações ambientalóides, e buscando de fato compartilhar resultados e ações com o objetivo de criar novos diálogos,  melhorar e inspirar positivamente a vida de seus empregados, investidores e consumidores.

Pensando nisto, e para que o CONSPIRAÇÕES passe a integrar de uma forma mais aberta os movimentos acima, segue abaixo uma lista de recomendações – meu lado revoltado queria muito falar em “exigências”, mas estou muito longe de poder exigir algo dessa gente, rsrsrs… – para que bancos, mídias e empresas atuem neste processo de uma forma realmente transparente e colaborativa para a (re)construção de uma sociedade verdadeiramente humanista. Aí vai:

– Fim do conceito de “externalidade” em procedimentos contábeis de qualquer espécie (se você não sabe o que é externalidade, assista ao imperdível “The Corporation”);

– Ampliação dos parâmetros da Lei Sarbannes-Oxley (SOX), abrangendo auditorias referentes ao impactos sociais e culturais das fábricas nas localizades em que se encontram;

– Celebração de um tratado internacional estabelecendo a destinação de um mínimo dos lucros das empresas para distribuição entre os seus funcionários, na proporção de cada grau de escolaridade;

– Criação de um sistema de auto-regulação, para fiscalização da efetividade das ações ambientais feitas pelas empresas, onde apenas após o aval deste sistema estas ações poderiam ser divulgadas e ser utilizadas como subsídios tributários;

– Estímulo à transparência corporativa, de forma a que as corporações sejam obrigadas a publicar o processo de escolha de seus principais dirigentes na internet;

– Reavivar a fiscalização do trabalho nos países, estimulando o aumento na fiscalização dos órgãos de controle junto às empresas, sobretudo para verificação das condições de trabalho, da prestação de horas extras não remuneradas e das ações corporativas que impactam seus aposentados e os dependentes de seus empregados;

– Promover parcerias entre os poderes públicos e as empresas, nos quais estas últimas se comprometeriam a divulgar as suas margens de lucro, referentes a produtos específicos, em troca de benefícios na exportação ou na sua publicidade.

Se você gostou, ajude a divulgar, repassando este texto para seus amigos e para empresas. E se tiver sugestões para esta lista, mande pra gente, que a adicionaremos com o devido crédito.

Vamos mudar o que está aí…

Obrigado!

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As Faces da Ganância – Parte 11 – A “Justiça” no Século XXI

Posted by Fabricio Pessoa em 20 janeiro, 2011

(Continuação da parte X desta Série)

Há poucos dias ocorreu mais um emocionante capítulo da novela envolvendo o Wikileaks e seu fundador Julian Assange,  que merece até uma nova reflexão sobre o significado da palavra “justiça” no mundo de hoje.

O fato é o seguinte:  Assange recebeu, das mãos do banqueiro suíço Rudolf Elmer (que trabalhou por vários anos em um banco das Ilhas Cayman),  CDs com detalhes das contas bancárias de 2 mil personalidades suspeitas de evasão fiscal,  de todos os cantos do planeta. Assange, aliás,  já prometeu que após a verificação destes dados divulgará os nomes dos titulares destas contas bancárias no WikiLeaks, no máximo em duas semanas.

Por conta desta informação bombástica, podemos até supor que neste exato instante algumas destas pessoas (será que tem algum político brasileiro aí?) estejam encerrando suas contas nas Ilhas Cayman, pra evitar investigações futuras.

A atitude de Elmer – que será julgado a partir de hoje, na Suíça –  é idêntica à do soldado e analista de inteligência americano Bradley Manning, suposto  responsável pelo vazamento de cerca de 250.000 documentos diplomáticos americanos e que aguarda julgamento em uma base militar americana.

A questão que surge aqui é: porque estas pessoas fizeram isso? Ao meu ver, quatro poderiam ser as possibilidades:  descuido (menos provável), problemas mentais (pouco provável), vingança contra alguém (razoavelmente provável), ou desejo de trazer a verdade à tona (muito provável).

Essa “verdade”, entretanto, se confunde com o próprio conceito de “justiça”, já que os homens (ao menos em tese) deveriam fazer a justiça A PARTIR da verdade, e portanto estes dois conceitos acabam se tornando intimamente ligados entre si, quase que sinônimos.

Em ambos os casos acima, o que aconteceu foi que duas pessoas, detentoras de segredos decorrentes de suas funções, resolveram levar estes segredos ao público, movidos por um desejo de externar a verdade (desejo esse decorrente de motivos que podem ser os mais diversos), que se tornou maior do que seu desejo de cumprir com seus respectivos deveres funcionais.

E é aí que surge uma nova e grande questão: até que ponto o que eles fizeram foi “errado”?

Será que a revelação destes fatos, no final das contas, não é um  “bem maior” para a humanidade, na medida em que ela veio expor fatos irregulares, injustos ou que escondiam interesses egoístas ou até mesmo mesquinhos?

E quanto aos interesses das pessoas jurídicas envolvidas, será que eventuais alegações de “questões de segurança nacional” ou “segredos industriais/comerciais” podem servir de pretexto para encobertar ações ilegais?

Discussões à parte, os fatos acima – ou melhor, a análise destes fatos dentro da perspectiva  das relações internacionais – inevitavelmente nos levam a refletir sobre o que seria a “justiça” no mundo globalizado atual, e assim, a grande conclusão a que chegamos é que a justiça de hoje tem características diferentes da do século passado.

A justiça do século XXI tem uma conotação social global (não mais nacional),  e por isso, mesmo nos casos em que os efeitos de um determinado fato sejam locais, há uma necessidade (movida pela circulação constante da informação no mundo de hoje, graças principalmente à internet) de que as ações humanas sejam de conhecimento geral, superando interesses locais e buscando levantar e condenar condutas socialmente irregulares.

Com isso, podemos dizer que “justiça” hoje é a “verdade socialmente irrestrita”, sem segredos e sem justificativas para a sua ocultação.

É claro que este conceito pode levantar todo tipo de questionamento – principalmente quanto ao direito de privacidade inerente a todo cidadão – mas parece que esta é a tendência para a qual caminhamos, quanto ao que “deve ser” justo.

Além deste, muitos outros conceitos estão mudando graças a esta “conectividade global”, e assim, cabe a nós atuar neste grande palco desde já, para que estes conceitos sejam alterados para melhor, e sobretudo  para que uma estrada mais sincera, saudável e feliz possa ser construída para nossos descendentes.

 

 

 

 

 

 

 

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