O dia de finados existe desde 998 DC, quando um abade do mosteiro beneditino de Cluny, na França, determinou que os monges rezassem por todos os mortos, de todos os lugares e de todos os tempos, sempre em 02 de novembro. Quatro séculos depois, o Papa da época adotou a data como o dia de Finados, para a Igreja Católica.
Não sou católico, e minha prática religiosa destina uma pequena parte de TODOS os dias à oração pelos falecidos. Trazendo isso pro dia a dia, acho que o mais importante ato que se pode fazer em homenagem aos que se foram é manifestar uma profunda gratidão pelo que eles fizeram, e retribuir com atos capazes de engrandecer a sua memória.
Infelizmente, no mundo de hoje vemos muito poucas ações neste sentido. O mundo predominantemente egoísta e materialista em que estamos, onde o egoísmo e a indiferença pelo próximo vêm cada vez mais ameaçando as relações humanas, não apenas acaba desmerecendo os esforços de nossos antepassados como também tende a deixar uma base muito frágil para as próximas gerações.
Sugiro que o dia de finados seja um dia de reflexão não apenas sobre o que os falecidos fizeram para nós, mas principalmente sobre quais ações devemos empreender para transformar o mundo, em continuação ao seu legado e em retribuição a estes débitos de gratidão.
Agir assim demanda uma série de transformações na nossa maneira de pensar e de agir, e por isso mesmo esta mudança de atitude requer muita coragem, diálogo, paciência e esforço, mas sem dúvida é a melhor, senão única, maneira de reverter os valores da maioria do mundo de hoje.
Pense nisso. E por favor, aja para mudar…